[Resenha] O doador de memórias

Lido em: Março de 2016

Título: O doador de memórias
Título original: The giver
Autora: Lois Lowry
Editora: Arqueiro
Gênero: Drama
Ano: 2014
Páginas: 192

Classificação: 
*Livro cedido pela editora para resenha.

Sinopse: Mais de 11 milhões de livros vendidos no mundo. Em O doador de memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente – o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente.
Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundonunca mais será o mesmo.

Resenha:

Em O doador de memórias, podemos ver uma comunidade onde não existe amor, alegria e felicidade, assim como não existe dor, angústia e sofrimento.
Em toda a comunidade, apenas uma pessoa é a responsável por guardar todas as memórias que já existiram no mundo e que são desconhecidas por eles, enquanto as outras vivem uma vida muito ordenada e regrada. As memórias só podem fazer parte de uma única pessoa, que é responsável por armazená-las e ajudar os Anciões-Chefes a tomar decisões em momentos difíceis.

Eles prezam mudanças a cada ano que um indivíduo completa, dando-lhe sempre algo que marque essa passagem.
Aos doze anos de idade, todos recebem os seus cargos e as funções que deverão aprender e treinar para que possam executá-las pelo resto de suas vidas.

"Daí a pouco ele não seria mais um Onze, e sim um Doze, e a idade não teria mais importância. Seria um adulto, como seus pais, apesar de ainda novo e destreinado."

O livro se passa pela visão de Jonas, que aos doze anos de idade, recebe o título de guardião. Aquele que irá receber todas as memórias, através de um treinamento junto com o antigo Recebedor, que doará a ele todas as memórias.
Jonas é orientado pelo doador de memórias e começa, aos poucos, a descobrir coisas que jamais imaginaria que existiam. Assim como conhece coisas boas - que na comunidade são desconhecidas - precisa aprender a lidar com a dor e com o sofrimento.

Jonas passa por momentos diversificados e sente-se profundamente chateado por não poder compartilhar certas memórias com todos na comunidade. Ele passa a imaginar como tudo seria se eles também conhecessem coisas tão incríveis aos olhos dele como, por exemplo, a neve.

"Mas por que todo mundo não pode ter as lembranças? Acho que seria um pouco mais fácil se as lembranças fossem partilhadas."

A escrita de Lois Lowry é bem leve e faz a leitura acabar num piscar de olhos. Desde o momento que peguei o livro para ler, não quis mais parar e me peguei deixando a leitura de lado por uns instantes para não acabar a história que tanto me comoveu.

Eu sempre quis ler o livro por conta do título que, ao meu ver, é bem marcante e desafiador. Me arrependi de não tê-lo lido antes, já que posso afirmar que foi a melhor leitura do ano e, um dos melhores que já li na minha vida.

O livro aborda tudo o que envolve a nossa vida de forma a nos fazer pensar e questionar sobre as coisas que fazemos e deixamos de fazer. Agora que completei essa leitura que me ensinou tanto sobre tudo, irei assistir o filme para concretizar a minha imaginação.

Recomendo esse livro a todos e afirmo sem pretensões que, se você ainda não leu, não perca mais nem um minuto. Darei cinco estrelinhas e um coração, pois esse livro não merece menos que isso.